sábado, 22 de novembro de 2014

A propaganda de remédio nos anos 20 e 30




A propaganda de remédio nos anos 20 e 30

Na década de 20, surge o rádio no Brasil. Em 1926, os Laboratórios Fontoura contratam Monteiro Lobato para desenvolver as campanhas publicitárias da empresa.
Lobato criou a figura de Jeca Tatu, personagem que ilustrou várias peças de propaganda. A propaganda do Biotônico Fontoura, por exemplo, até hoje no mercado, utilizava-se da imagem do Jeca Tatu para ilustrar o “caboclo de família magra, pálida e triste, que se transformava em saudável ao experimentar o biotônico”.



O slogan era : “O mais completo fortificante” consagrado pelo “bê, á – bá, bê, é – bé, bê, i – bi, Biotônico Fontoura!”.
Nessa mesma época, a propaganda, em geral, alcançou as salas de cinema com projeções de slides coloridos em lâminas de vidro. Julho de 1932. Explodiu em São Paulo uma revolta contra o presidente Getúlio Vargas. As tropas federais foram enviadas para conter a rebelião. As forças paulistas lutaram contra o exército durante três meses. Esse episódio, conhecido como a Revolução Constitucionalista de 1932, provocou a paralisação da propaganda e os profissionais de comunicação, buscando alternativas, passaram a lidar com novas técnicas de trabalho.
O rádio foi a grande sensação da década de 30, porém ainda não veiculava propagandas. Os locutores faziam a leitura dos textos e os programas não tinham patrocínio. Nessa ocasião, o forte da publicidade eram os meios impressos que anunciavam vários produtos. Os painéis ganhavam as ruas e as estradas.
Já com relação às propagandas de medicamentos os anúncios apareciam raramente. Em 1941, os Laboratórios Fontoura, produziram 10 milhões de exemplares da revistinha do Jeca Tatuzinho. Ao final da 2ª Grande Guerra, surgiram as rádios-novelas e com elas os patrocínios, inclusive os de medicamentos. “A propaganda é a alma do negócio” e os slogans criativos e os reclames de rádio marcaram o surgimento da sociedade de massa. Deu-se início às primeiras tentativas de disciplinar a ética da propaganda.
Em setembro de 1950 começa a funcionar a televisão brasileira com a pioneira TV Tupi, de São Paulo. No começo, a televisão não conseguia convencer os anunciantes de sua eficiência. Bastou a potencial daquele novo meio de comunicação. E a TV se tornou primeira propaganda ir ao ar para as empresas reconhecerem o a preferida do público.
Mas foi na década de 60 que o foco principal da comunicação desviava-se da informação objetiva e partia para um conceito que articulava o texto à imagem, associando a marca do produto – dentre eles os medicamentos - à psicologia do consumidor.
Esse período marca o desenvolvimento tecnológico na mídia brasileira. Outras emissoras de televisão são criadas, como a Globo, no Rio de Janeiro (1964) e a TV Paulista (1965) em São Paulo.
A revista Veja é lançada pela Editora Abril no ano de 1968. A criatividade tornava-se o diferencial no mercado da comunicação e nesse mesmo ano foi criada a pioneira Duailibi Petit Zaragoza Propaganda – DPZ, empresa que escreveu importantes capítulos da publicidade brasileira.

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