sábado, 22 de novembro de 2014

A propaganda de remédio nos anos 20 e 30




A propaganda de remédio nos anos 20 e 30

Na década de 20, surge o rádio no Brasil. Em 1926, os Laboratórios Fontoura contratam Monteiro Lobato para desenvolver as campanhas publicitárias da empresa.
Lobato criou a figura de Jeca Tatu, personagem que ilustrou várias peças de propaganda. A propaganda do Biotônico Fontoura, por exemplo, até hoje no mercado, utilizava-se da imagem do Jeca Tatu para ilustrar o “caboclo de família magra, pálida e triste, que se transformava em saudável ao experimentar o biotônico”.



O slogan era : “O mais completo fortificante” consagrado pelo “bê, á – bá, bê, é – bé, bê, i – bi, Biotônico Fontoura!”.
Nessa mesma época, a propaganda, em geral, alcançou as salas de cinema com projeções de slides coloridos em lâminas de vidro. Julho de 1932. Explodiu em São Paulo uma revolta contra o presidente Getúlio Vargas. As tropas federais foram enviadas para conter a rebelião. As forças paulistas lutaram contra o exército durante três meses. Esse episódio, conhecido como a Revolução Constitucionalista de 1932, provocou a paralisação da propaganda e os profissionais de comunicação, buscando alternativas, passaram a lidar com novas técnicas de trabalho.
O rádio foi a grande sensação da década de 30, porém ainda não veiculava propagandas. Os locutores faziam a leitura dos textos e os programas não tinham patrocínio. Nessa ocasião, o forte da publicidade eram os meios impressos que anunciavam vários produtos. Os painéis ganhavam as ruas e as estradas.
Já com relação às propagandas de medicamentos os anúncios apareciam raramente. Em 1941, os Laboratórios Fontoura, produziram 10 milhões de exemplares da revistinha do Jeca Tatuzinho. Ao final da 2ª Grande Guerra, surgiram as rádios-novelas e com elas os patrocínios, inclusive os de medicamentos. “A propaganda é a alma do negócio” e os slogans criativos e os reclames de rádio marcaram o surgimento da sociedade de massa. Deu-se início às primeiras tentativas de disciplinar a ética da propaganda.
Em setembro de 1950 começa a funcionar a televisão brasileira com a pioneira TV Tupi, de São Paulo. No começo, a televisão não conseguia convencer os anunciantes de sua eficiência. Bastou a potencial daquele novo meio de comunicação. E a TV se tornou primeira propaganda ir ao ar para as empresas reconhecerem o a preferida do público.
Mas foi na década de 60 que o foco principal da comunicação desviava-se da informação objetiva e partia para um conceito que articulava o texto à imagem, associando a marca do produto – dentre eles os medicamentos - à psicologia do consumidor.
Esse período marca o desenvolvimento tecnológico na mídia brasileira. Outras emissoras de televisão são criadas, como a Globo, no Rio de Janeiro (1964) e a TV Paulista (1965) em São Paulo.
A revista Veja é lançada pela Editora Abril no ano de 1968. A criatividade tornava-se o diferencial no mercado da comunicação e nesse mesmo ano foi criada a pioneira Duailibi Petit Zaragoza Propaganda – DPZ, empresa que escreveu importantes capítulos da publicidade brasileira.

Marketing de remédios




Marketing de remédios


Cerca de 30 a 40% de tudo o que se ganha com a venda de remédios é reinvestido em ações de marketing, a maioria destinada à classe médica. Além de conquistar a simpatia dos doutores, os representantes procuram identificar os formadores de opinião e convidá-los para dar palestras aos seus colegas falando sobre a eficácia de um novo produto.

Em 2007, o jornal The New York Times publicou um depoimento do médico Daniel Carlat contando sua experiência como garoto-propaganda de um laboratório. No ano de 2001, Carlat, psiquiatra e professor da Universidade de Boston, recebeu uma proposta da Wyeth, uma das 10 maiores indústrias farmacêuticas do mundo: discutir com médicos de sua cidade o efeito do Effexor XR, um novo antidepressivo da companhia. Ele ganharia US$ 750 por apresentação. Carlat já havia prescrito o remédio para alguns pacientes e sua avaliação era de que ele funcionava igual a outros da mesma categoria.

Decidiu aceitar a proposta e viajou - tudo pago - para um encontro de treinamento em Nova York. No hotel, recebeu um folder do encontro, convites para vários jantares e dois ingressos para um musical da Broadway. Ao voltar para Boston, apresentou o remédio durante um ano para médicos em clínicas e hospitais.

Durante esse período, Carlat aumentou em mais de 20% sua renda anual. Sentia-se muito à vontade para defender o Effexor, até que teve acesso a dados de pesquisas que mostravam uma incidência comparativamente alta de hipertensão em pessoas tratadas com a droga. Foi quando ele parou para pensar: quantos pacientes haviam sido prejudicados por sua causa?

[...] No Brasil, a propaganda de medicamentos possui uma legislação mais rigorosa que a de outros produtos. Só os medicamentos de venda livre, como analgésicos e ácidos para indigestão, podem ser comercializados sem prescrição médica e anunciados ao consumidor. Esses remédios são responsáveis por cerca de 30% do faturamento da indústria no Brasil. Os outros 70% vêm dos "medicamentos éticos", aqueles com a advertência "Venda sob prescrição médica" e que só podem ser anunciados para os médicos.

Para o público leigo, os laboratórios usavam estratégias menos diretas, como investir na campanha sobre uma determinada doença para aumentar a demanda por medicamentos (campanhas sobre impotência, depressão, obesidade ou diabete), mas esse tipo de propaganda foi proibida pela Anvisa no ano passado.

 Resta usar as técnicas de marketing para tornar a imagem de um remédio mais atraente. [...]  Some ao marketing o aumento do acesso ao sistema de saúde e o resultado é claro: a gente nunca tomou tanto remédio. E isso é bom. "As vacinas e os medicamentos são os principais responsáveis pelo prolongamento da nossa vida", diz Anthony Wong. Mas também há outra notícia: a gente nunca tomou tanto remédio sem precisar. A OMS estima que metade do consumo mundial é feito de forma irracional, ou seja, em dose, tempo ou custo maior que o necessário. Na lista das possíveis causas estão incluídas políticas de preços e atividades promocionais irregulares e falta de informação e educação sobre o uso correto de medicamentos.

É injusto, porém, colocar a culpa só nos laboratórios. "O aumento no consumo de medicamentos é um problema sociológico. Hoje, as pessoas buscam soluções imediatas para tudo, tendo como objetivo a felicidade", diz Wong. "E não há nada mais imediato do que um remédio."

Misturando tantos fatores de risco, uma dor de cabeça vira uma enxaqueca das bravas, bem difícil de tratar. Mas algumas iniciativas têm sido tomadas para melhorar esse prognóstico. Uma delas é a participação ativa das empresas na revisão do código que regulamenta a publicidade do setor, ao lado da Anvisa e dos Conselhos de Medicina e de Farmácia. Outra é o aumento do número de laboratórios envolvidos em ações sustentáveis e em campanhas preventivas.


TRECHOS RETIRADOS DA BULA DO MEDICAMENTO TYLENOL




Observe os trechos, a seguir, extraídos da bula de Tylenol:

  • “Tylenol é indicado em adultos, para o alívio sintomático de dores de cabeça, sendo também útil para a redução da febre e para o alívio temporário de dores leves a moderadas(...)”;

  • “Cada comprimido revestido contém 500 mg de paracetamol e 65 mg de cafeína”;


  • “Adultos e crianças de 12 anos ou mais:2 comprimidos de 6 em 6 horas. Não exceder o total de 8 comprimidos, em doses fracionadas, em um período de 24 horas”;


  • “O paracetamol em altas doses pode causar hepatotoxicidade (aquilo que tóxico ao fígado) em alguns pacientes. Em adultos e adolescentes, pode ocorrer hepatotoxicidade após a ingestão de mais que 7,5 a 10 g em um período de 8 horas ou menos”.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

TYLENOL DC - BULA

 

CONHECENDO A ESTRUTURA DO GÊNERO BULA



Conhecendo a bula


Nome de marca – ou nome comercial é a denominação dada pelo fabricante ao medicamento; geralmente é o nome-fantasia, pelo qual se compra o remédio nas farmácias e drogarias.

Nome genérico do princípio ativo – substância contida no medicamento que age no organismo e responsável pelo seu efeito. Escrito com letra minúscula, este nome vem logo abaixo do nome de marca. Às vezes encontra-se, ainda, o nome químico, que descreve a estrutura química do fármaco.

Formas farmacêuticas – são as formas em que os medicamentos são produzidos e se apresentam, por exemplo: comprimido, cápsula, drágea, injetável, xarope, suspensão, pomada, creme, dentre outras.

Fórmulas – é a fórmula farmacêutica também chamada composição: informa quais são as substâncias contidas no medicamento, ou seja, cada um dos seus componentes e em que quantidade se apresentam.

Vias de administração: indicam o local onde o medicamento será aplicado: uso tópico (aplicado na pele), via oral (pela boca), via nasal (pelo nariz), se a injeção é intramuscular (no músculo) ou via endovenosa (na veia).

Informações ao paciente: são orientações sobre a ação do medicamento, vale dizer, como ele funciona e atua no organismo para produzir o resultado esperado e também quanto tempo leva para começar a fazer efeito. Este campo aborda ainda informações sobre o prazo de validade, se existem condições especiais de armazenamento (temperatura, local, umidade ou ausência de luz), meios adequados de manutenção do medicamento longe do alcance de crianças etc.

Modo de uso: como se deve usar o medicamento, suas doses, o intervalo entre uma dose e outra, o tempo de tratamento.

Indicações: para o quê e em que casos deve-se usar o medicamento. Informa também para quais doenças e tratamentos ele é indicado.

Contra-indicações: riscos apresentados pelo uso do medicamento e alertas que proíbem a sua utilização em casos específicos; sinalização de doenças, problemas, sintomas prévios, que contra-indicam o uso do medicamento.

Interações medicamentosas: são reações entre o medicamento e alimentos, bebidas, outros medicamentos e como influenciam em resultados de exames laboratoriais.

Referência: Dra. Maria Cristina Ferreira de Camargo – Odontopediatra,
Mestre e Doutora em Odontologia

Você lê bulas de remédios?


Você lê bulas de remédios?


Você lê bulas de remédios?
Uma pesquisa recente mostrou que a grande maioria dos adultos usa pelo menos um remédio diariamente, seja um antihipertensivo, vitamina, antinflamatório, analgésico, ou um tranquilizante. Não se pode negar: remédios fazem parte do cotidiano moderno. E, cada remédio, por mais simples que seja, tem uma bula, uma espécie de manual de uso.
O fato é que as pessoas lêem as bulas, mas nem sempre encontram a informação que procuram. As dificuldades são muitas: letras miúdas, palavras complicadas, abreviaturas, termos técnicos, omissão de dados, etc. 
As bulas dos medicamentos devem obedecer regulamentação da ANVISA e informar de forma completa e em linguagem acessível, todos os dados importantes como:

·       Identificação: nome comercial e denominação genérica dos princípios ativos;
·       Indicação se é de uso adulto ou infantil;
·       Indicação da composição do produto;
·       Informações ao paciente (em linguagem acessível): como funciona o medicamento, -           indicações, riscos, modo de uso, reações adversas, o que fazer em caso de           
        superdosagem e cuidados de conservação do produto;
·       Informações técnicas para profissionais de saúde;
·       Informações legais, número de registro na Anvisa, CNPJ do laboratório.

http://blogdalergia.blogspot.com.br/2010/06/voce-le-bulas-de-remedios.html

terça-feira, 18 de novembro de 2014

VENDENDO SAÚDE




A História da Propaganda de Medicamentos no Brasil


“Vendendo Saúde – A História da Propaganda de medicamentos no Brasil” é um passeio por registros históricos carregados de um tal poder de sedução que o livro deu cor e vida a uma saga pouco conhecida por nós brasileiros: a relação, nem sempre harmoniosa, entre a propaganda e a saúde.
O livro conta como um povo se formou junto com um mercado. mercado este voltado a atrair clientes para suas fórmulas, suas práticas e suas promessas de saúde perfeita.
E como se trata de História, ela começa com a instalação da corte portuguesa no Brasil. Naquele século XIX, no ano de 1851, nasce a “ancestral” da Anvisa, a Junta Central de Higiene. Sua missão: combater a febre amarela e encampar a briga dos médicos contra os anúncios dos curandeiros que lhes faziam concorrência.
A Junta não foi o primeiro passo na criação do modelo brasileiro de Vigilância Sanitária, marcado pela abertura dos portos às “nações amigas” em 1808, mas ela tem uma atribuição a mais que suas antecessoras: conter os excessos dos reclames que à época (assim como hoje) provocavam a insatisfação dos profissionais de Saúde.
Se a febre amarela e as medidas para inibir os efeitos negativos da propaganda atual, assim como a do século XIX, continuam a mobilizar as autoridades sanitárias, há um outro lado, muito humano, nesta relação que o livro descreve com o encanto possível às obras literárias.
Os produtos que tantas vezes colocaram em campos opostos os interesses da saúde e as metas do mercado vivem também em nossas memórias, como lembranças que nos acompanham desde a infância.
Muitas das marcas de produtos ilustradas aqui fizeram ou fazem parte de nossa vida. Então, me permito dizer que o “Vendendo Saúde – A História da Propaganda de medicamentos no Brasil” é também um álbum de infâncias – sim, no plural, infâncias.
No texto, nos reconheceremos. fomos as crianças obrigadas a engolir os vermífugos, os fortificantes e as poções para favorecer o aumento de peso prometido pelos anúncios. A partir da leitura deste livro, entenderemos o porquê. Voltaremos ao tempo dos xaropes empurrados goela a baixo, das emulsões de gosto insuportável tomadas em jejum, não raro sob a mira ameaçadora de um chinelo de pano.
Para as crianças, de ontem e de hoje, poderá ser um surpresa saber que propaganda de medicamentos tomou de empréstimo o talento do escritor monteiro Lobato. Aquele em cujo coração nasceu o Sítio do Pica- Pau Amarelo é também o pai de Jeca Tatu, o caboclo apático, infestado por vermes, e salvo, por fim, pelo milagroso elixir.
Até machado de Assis, quando chamado a opinar, escreveu: “O mundo caminha para a saúde e a riqueza universais (...) assim se explicam os debates sobre medicina e economia e a fé crescente nos xaropes e seus derivados”.
Havia (e há) cura para tudo nos reclames (propaganda/ publicidade), até para as dores  da alma e seus desdobramentos.
Os anúncios já afirmaram que os remédios poderiam prevenir divórcios e suicídios. E até se serviram das divas da beleza da década de 40 para nos converter  ao hábito de consumir calmantes.
Segundo o que prometia  a propaganda, por trás daquele rosto lindo e sereno da atriz  ou da cantora famosa estava  o efeito do tranquilizante.  A suavidade daquela face era assegurada pela fórmula.
Se nossas mentes pudessem guardar tudo o que prometem os anúncios mostrados neste livro, diríamos: estamos salvos. No entanto, o mundo caminha enfrentando as mesmas doenças, os mesmos problemas de saúde. Eles não puderam cumprir o prometido.
Do anúncio puro e simples,  as empresas passaram a desenvolver estratégias na qual publicidade, propaganda e ações de mercado estão articuladas para assegurar o sucesso das vendas. Táticas sedutoras que cada vez mais mobilizam as autoridades e os profissionais comprometidos  com a saúde.
O que se vai contar neste livro  é como se trava uma disputa de  um século e meio entre os que podem prometer saúde e os que devem prevenir os riscos a ela.  Uma odisséia contada de modo atraente, para que o leitor chegue ao ano em que escrevemos esta apresentação visitando os bastidores  de um confronto cujo encanto  lhe foi emprestado pelo talento  de quem o escreveu. 
Dirceu Raposo de mello Diretor Presidente Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA

EDUARDO BUENO - Biografia resumida



EDUARDO BUENO

BIOGRAFIA RESUMIDA

Eduardo Bueno (Porto Alegre30 de maio de 1958) é um jornalistaescritor e tradutor brasileiro.
Iniciou a sua vida profissional aos dezessete anos, como repórter do jornal gaúcho Zero Hora, onde ganhou o apelido de "Peninha", o personagem da Disney que trabalha no jornal A Patada. Atuou como editor,roteiristatradutor, e trabalhou em diversos veículos de comunicação. Ficou conhecido do público jovem gaúcho pela sua participação no programa "Pra Começo de Conversa", da TV Educativa de Porto Alegre. Em 1988 teve também um quadro em outro programa daquela emissora educativa gaúcha, no horário do almoço, ao lado de Maria do Carmo BuenoZé Pedro GoulartCândido Norberto e outros. Quando o jornalista paulista Augusto Nunes veio revolucionar o jornal Zero Hora, Peninha foi um dos principais nomes de sua equipe, apesar da diferença ideológica entre os dois.
Ficou conhecido nacionalmente por traduzir "On the Road", de Jack Kerouac, um clássico da cultura beatnik da década de 1950, que traduziu para o português como "Pé na Estrada". À época (sua tradução é da década de 1980), não apenas aderiu ao movimento, como também se tornou um de seus maiores divulgadores no país.
Aproveitando o contexto de preparação das comemorações pelos quinhentos anos do descobrimento do Brasil, fechou contrato com a Editora Objetiva para a redação de cinco livros sobre História do Brasil voltada para leigos, a Coleção Terra Brasilis:
1.   A Viagem do Descobrimento (1998)
2.   Náufragos, Traficantes e Degredados (1998)
3.   Capitães do Brasil (1999)
4.   A Coroa, a Cruz e a Espada (2006)
5.   A França Antártica (previsto para 2007)
Apenas a vendagem dos três primeiros títulos alcançou 500 000 exemplares até 2006. Nesse período, o autor lançou outras doze obras de cunho histórico, entre as quais sobre a Caixa Econômica Federal ("Caixa - uma História Brasileira"), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária ("À Sua Saúde - a Vigilância Sanitária na História do Brasil"1 ), o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense ("Grêmio - Nada Pode Ser Maior"2 ), a Avenida Central ("Avenida Rio Branco"3 ), a Kimberly & Clark ("Passado a Limpo"3 ), a Confederação Nacional da Indústria ("Produto Nacional"3 ) e os Mamonas Assassinas ("Mamonas Assassinas - Blá, Blá, Blá: a Biografia Autorizada"4 ), além de ter participado de um projeto sobre a biografia de Bob Dylan (artista pelo qual nutre uma admiração obsessiva).
Embora suas obras sejam utilizadas no cotidiano das salas de aula brasileiras e Bueno seja, por vezes, confundido com um historiador, sua formação acadêmica e experiência profissional são na área de jornalismo, o que lhe rende críticas por parte de quase todos os historiadores, que avaliam seus livros como superficiais e presos ao campo da memória e curiosidades na história, prejudicando a publicação de trabalhos sérios do campo historiográfico. Porém, o seu sucesso como escritor, ao menos em termos de vendagem de livros, é indiscutível.
O autor considera, ainda, que há espaço para outras obras e afirma ter desejo de escrever ainda sobre o período pré-Cabralino, sobre as bandeiras e sobre o Brasil Holandês

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Propaganda de Medicamentos


Propaganda de Medicamentos



A propaganda e a publicidade de medicamentos estão regulamentadas pela RDC (Resolução de Diretoria Colegiada) nº 96/2008. Este mecanismo permitiu a regulação da publicidade em medicamentos isentos de prescrição, atualizou as regras para divulgação de medicamentos sob prescrição, condições para a propaganda em eventos científicos, campanhas sociais, bem como a distribuição de amostras grátis.

Assim, as propagandas de medicamentos isentos de prescrição não podem mais exibir a imagens ou vozes de “celebridades”, sugerindo ou recomendando o uso de determinado medicamento.Os textos de propaganda e publicidade deverão trazer os termos técnicos escritos de forma a facilitar a compreensão do público e as referências bibliográficas citadas deverão estar disponíveis no Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC).

A resolução proíbe a veiculação, de forma não declaradamente publicitária, em filmes, espetáculos teatrais e novelas. Também proíbe a utilização de expressões no imperativo como, por exemplo, “tome”, “use”, ou “experimente”. Além das informações tradicionais já exigidas, a publicidade e a propaganda de medicamentos isentos de prescrição deve trazer advertências relativas aos princípios ativos. Um exemplo: a dipirona sódica, cuja proposta de advertência é: “Não use este medicamento durante a gravidez e em crianças menores de três meses de idade”.

Nas veiculações pela televisão, o ator principal do comercial terá que verbalizar estas advertências e no rádio será o locutor a ler a mensagem. Na propaganda impressa, a frase de advertência não poderá ter tamanho inferior a 20% do maior corpo de letra utilizado no anúncio.


Amostras grátis
As amostras grátis de anticoncepcionais e medicamentos de uso contínuo devem conter, obrigatoriamente, 100% do conteúdo da apresentação original registrada e comercializada. No caso dos antibióticos, a quantidade mínima deverá ser suficiente para o tratamento de um paciente.
Para os demais medicamentos sob prescrição, continua a valer o mínimo de 50% do conteúdo original.

Eventos 

O apoio ou patrocínio a profissionais de saúde não pode estar condicionado à prescrição ou dispensa de qualquer tipo de medicamento. No que se refere à responsabilidade social das empresas, está proibida a publicidade e a menção a nomes de medicamentos durante as campanhas sociais e vice-versa.

Outras regras:
 
- Propagandas de medicamentos que apresentem efeitos de sedação ou sonolência devem trazer advertência que alerte para os perigos de se dirigir e operar máquinas;

- É proibida a veiculação de propagandas indiretas (que, sem citar o nome do produto, utilizem-se de símbolos ou designações);

- É proibido relacionar o uso do medicamento a excessos etílicos ou gastronômicos;

- Comparações de preço dirigidas aos consumidores só poderão ser feitas entre medicamentos intercambiáveis (medicamento de referência e genérico);

- A distribuição de brindes a prescritores (médicos), dispensadores (farmacêuticos) de medicamentos e ao público em geral, é vedada;

- É proibida a inclusão de selos, marcas nominativas, figurativas ou mistas de instituições governamentais, entidades filantrópicas, fundações, associações e/ou sociedades médicas, organizações não-governamentais, associações que representem os interesses dos consumidores ou dos profissionais de saúde e/ou selos de certificação de qualidade;

- Não é permitido sugerir que o medicamento possua características agradáveis,tais como: "saboroso", "gostoso", "delicioso" ou expressões equivalentes; bem como incluir imagens ou figuras que remetam à indicação do sabor do medicamento;

- É vedada a propaganda ou publicidade de medicamentos e empresas em qualquer parte do bloco de receituários médicos;

- A veiculação, na televisão, de propaganda ou publicidade de medicamentos nos intervalos dos programas destinados a crianças, é proibida;

- Quando informado um percentual de desconto e/ou o preço promocional, o preço integral praticado pela farmácia ou drogaria também deve ser informado.
http://www.procon.pr.gov.br/





COMO SÃO REGISTRADOS OS MEDICAMENTOS NO BRASIL




CLIQUE NO LINK PARA SABER COME É FEITO

domingo, 9 de novembro de 2014

VARIEDADES DE TIPOS FÍSICOS





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PALAVRAS E EXPRESSÕES UTILIZADAS NO TEXTO DESCRITIVO


          Para construirmos nossa autobiografia fica muitas vezes difícil escolher a forma certa de nos descrevermos. As vezes falta-nos palavras. Para isso selecionamos algumas palavras que poderão ajudá-lo na hora de descrever-se ou descrever algum outro personagem importante na história de nossas vidas. Apresentamos abaixo algumas dicas:

Inteligente, culto, racional: É aquela pessoa/personagem que sempre tem um livro por perto. É tido como uma Wikipédia humana, pois sempre que está conversando com alguém, cita algum trecho que leu, ou complementa uma frase com: Eu li em tal lugar que...
Uma pessoa pouco emotiva, que prefere usar sua racionalidade para tudo. Sabe de tudo um pouco, mas tem um determinado tema que se destaca (história, biologia, criptografia, etc.). Em sua casa tem uma vasta estante repleta de livros, e seus lugares favoritos no mundo são a biblioteca e a livraria.

Emocional, depressivo: Uma pessoa que só fala em morte, simplesmente.É melancólico(a) e as pessoas não se sentem muito bem por ficarem perto dele(a), afinal, quem gosta de pessoas com a auto-estima lá embaixo, não é mesmo? É uma pessoa que se emociona fácil, e por tudo. 

Metido, egoísta, egocêntrico: Uma pessoa/personagem que pensa apenas em si mesmo. Gosta de ser o centro das atenções e luta para consegui-lo. Pode ser considerada uma pessoa antipática.

Extrovertido, sociável, alegre: Uma pessoa que conversa com "todo mundo". Não tem vergonha de fazer novas amizades. É o chamado "agita festas". Além de ser uma pessoa alegre, faz feliz as pessoas ao seu redor. 

Auto-suficiente, confiante: Simplesmente, alguém que acredita em todo seu potencial no que quer que faça. Essa pessoa não aceita um não como resposta, e sempre está a luta daquilo que quer.

Ignorante: Essa palavra tem dois significados (pelo menos para mim): ou uma pessoa de baixo conhecimento, ou seja, alguém que não saiba ler ou escrever. Mas ignorante também pode se referir à uma pessoa estúpida, que compra briga fácil, e sempre se acha o dono da razão.

Reservado, conservador: Aquela pessoa tímida, que tem poucos, talvez nenhum, amigos. Essa pessoa pode ser reservada fisicamente: se veste dos pés a cabeça, não gosta de exibir seu corpo. Sabe aquela pessoa que iria para a praia de calça jeans e camiseta? Então, uma pessoa reservada (eu poderia dizer também exagerada).

Suspeito: Em um romance policial, esse é o suspeito número 1. Talvez por ser algum inimigo da vítima, ou por seu jeito misterioso, sempre acaba atraindo a desconfiança das pessoas. 


Meigo, doce, bom: Uma pessoa que simplesmente faz de tudo para agradar seus amigos e as pessoas ao seu redor. É bom ficar perto de pessoas assim, mas muitas vezes tanta doçura pode acabar enjoando. Geralmente, não se "estressa" com outras pessoas, e está sempre de bem com a vida. Uma pessoa companheira, que não mediria esforços para fazer o que fosse preciso por seus amigos. É também considerada uma pessoa fácil de manipular. 

sábado, 8 de novembro de 2014

AUTOBIOGRAFIA DE JOSÉ SARAMAGO





RESUMO DA AUTOBIOGRAFIA DE LEO








AUTOBIOGRAFIA DE MONTEIRO LOBATO



          Nasci José Renato Monteiro Lobato, em Taubaté-SP, aos 18 de abril de 1882. Falei tarde e aos 5 anos de idade ouvi, pela primeira vez, um célebre ditado... Concordei. Aos 9 anos resolvi mudar meu nome para José Bento Monteiro Lobato desejando usar uma bengala de meu pai, gravada com as iniciais J.B.M.L. Fui Juca, com as minhas irmãs Judite e Esther, fazendo bichos de chuchu com palitos nas pernas. Por isso, cada um de meus personagens; Pedrinho, Narizinho, Emília e Visconde representam um pouco do que fui e um pouco do que não pude ser.


       Aos 14 anos escrevi, para o jornal "O Guarani", minha primeira crônica. Sempre amei a leitura. Li Carlos Magno e os 12 pares de França, o Robinson Crusoé e todo o Júlio Verne. Formei-me em Direito em 1904, pela Universidade de São Paulo. Queria ter cursado Belas Artes ou até Engenharia, mas meu avô, Visconde de Tremembé, amigo de Dom Pedro II, queria ter na família um bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais.
          Em maio de 1907 fui nomeado promotor em Areias - SP, casando-me no ano seguinte com Maria Pureza da Natividade, com quem tive o Edgar, o Guilherme, a Marta e a Rute.
          Vivi no interior, nas pequenas cidades, sempre escrevendo para jornais e revistas. Em 1911 morreu o meu avô, Visconde de Tremembé, e dele herdei a fazenda Buquira, passando de promotor a fazendeiro. Na fazenda escrevi o Jeca Tatu, símbolo nacional.
          Comprei a "Revista do Brasil" e comecei, então, a editar meus livros para adultos. "Urupês" iniciou a fila em 1918. Surgia a primeira editora nacional "Monteiro Lobato & Cia", neste mesmo ano. Antes de mim, os livros do Brasil eram impressos em Portugal.
         Quiseram me levar para a Academia Brasileira de Letras. Recusei. Não quis transigir com a praxe de lá - implorar votos.
      Tive muitos convites para cargos oficiais de grande importância. Recusei a todos. Getúlio Vargas (presidente do Brasil na ocasião) convocou-me para ser o Ministro da Propaganda. Respondi que a melhor propaganda para o Brasil, no exterior, era a "Liberdade do Povo", a constitucionalização do país. Minha fama de propagandista decorria da minha absoluta convicção pessoal. O caso do petróleo, por exemplo, e do ferro. Éramos ricos em energia hidráulica e minérios e não somente café e açúcar.Durante 10 anos, gritei essas verdades. 
          Fui sabotado e incompreendido. Dediquei-me à Literatura Infantil já em 1921. E, retomei a ela, anos depois, desgostoso dos adultos.
       Com"Narizinho Arrebitado", lancei o "Sítio do Picapau Amarelo”. O sítio é um reino de liberdade e encantamento. Muitos já o classificaram de República.
          Eu mesmo, por intermédio de um personagem, o Rei Carol, da Romênia, no livro A Reforma da Natureza, disse ser o Sítio uma República. Não; República não é, e sim um reino. Um reino cuja rainha é a D. Benta. Uma rainha democrática, que reina pouco. Uma rainha que permite liberdade absoluta aos seus súditos. Súditos que também governam. Um deles, Emília, é voluntariosa, teimosa, renitente e não renuncia os seus desejos e projetos. Narizinho e Pedrinho são as crianças de ontem, de hoje e amanhã, abertas a tudo, querendo ser felizes, confrontando suas experiências com o que os mais velhos dizem, mas sempre acreditando no futuro. Mas eu precisava de instrumentos idôneos para que o trânsito do mundo real para o fantástico fosse possível, pois, como ir à Grécia? Como ir à Lua? Como alcançar os anéis de Saturno? Bem, a lógica das coisas impunha a existência desse instrumento. Primeiro surgiu o "O Pó de Pirlimpimpim" que transportaria para todo e sempre, os personagens de um lugar para outro, vencendo o "ESPAÇO". O "FAZ-DE-CONTA", pó número 2, venceria a barreira do "TEMPO", suprindo as impossibilidades de acontecimentos. Finalmente pensei no "SUPER-PÓ", inventado pelo Visconde de Sabugosa, em o Minotauro, que transportaria, num átomo, para qualquer lugar indeterminado, desde que desejado.
          Como disse a Emília: "é um absurdo terminar a vida assim, analfabeto!". Eu poderia ter escrito muito mais, perdi muito tempo escrevendo para gente grande. Precisava ter aprendido mais...Hoje aos 4 de julho de 1948, vítima de um colapso, na cidade de São Paulo parto para outra dimensão. Mas o que tinha de essencial, meu espírito jovem, minha coragem, está vivo no coração de cada criança. Viverá para sempre, enquanto estiver presente a palavra inconfundível de "Emília".
Monteiro Lobato.Disponível em: http://www.cocfranca.com.br/biografia.htm 


http://literatura.uol.com.br/literatura/figuras-linguagem/30/imagens/i206569.jpg