Voar...
voar
O rei Minos, em tempos que já vão
longe, mandou prender em uma torre o arquiteto Dédalo – construtor do célebre
Labirinto de Creta – e seu filho Ícaro.
A torre dava,
de um lado, para o mar, onde navios armados guardavam as águas, e de outro
lado, para a terra, onde um exército vigiava a torre. A fuga dos prisioneiros
era impossível.
Dédalo pensou:
- O rei Minos
controla a terra e o mar, mas não pode controlar os ares. Hei de fugir pelos
ares com meu filho.
Dédalo era
muito engenhoso e, assim, decidiu fazer dois pares de asas: um grande, outro
pequeno. Se bem pensou, melhor executou. Seu trabalho foi penoso porque o
menino Ícaro, sempre irrequieto, ora soprava as penas, ora derrubava a cera com
que o pai armava as asas. Trabalhando com persistência, Dédalo conseguiu
terminar a tarefa.
Que lindas
asas! Dédalo experimentou as suas, soergueu-se, manteve-se no ar. Depois, como
um pássaro ensina ao filhote os primeiro voos, exercitou o filho no manejo das
asas. [...]
Dédalo fez as
últimas recomendações:
- Ícaro, meu
filho, mantém-te sempre em altura equilibrada; Não voes muito baixo, porque a
umidade das águas próximas pode fazer melar tuas penas, nem suba alto demais,
porque o sol pode derreter a cera e desmanchar as tuas asas.
Dédalo beijou o
filho, e ambos saíram voando.
O pai ia um
pouco à frente para dar coragem a Ícaro, mas volvia sempre a cabeça a fim de
verificar se o menino se mantinha com segurança. Voavam... voavam...
No fim de algum
tempo, o pequeno Ícaro sentiu-se dono dos ares... e tentou um voo mais alto
como se quisesse alcançar o céu! Dédalo perdeu de vista o filho.
Pouco depois as
penas de um parzinho de asas boiavam nas águas do mar... E um pai, aflito,
gritava:
- Ícaro! Ícaro!
Onde estás?
Adelaíde Lisboa de Oliveira. Histórias que ouvi
contar. São Pau
ótimo texto para trabalhar com os alunos!!!
ResponderExcluirAbraço!
Queria o resumo desse texto
ResponderExcluirAlaíde Lisboa de Oliveira. Histórias que ouvi contar. São Paulo: Peirópolis, 2004. p.20.
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